Os brancos na língua...

26/07/13 para contato.net
 
Deu o branco e agora?
Quantas vezes vamos escrever alguma palavra e de repente esquecemos a grafia correta. Isso é normal. Até quem lida constantemente com grande número de vocábulos passa por essas “trapaças” da língua. Não raro vemos “erros” em textos profissionais, que ao primeiro olhar achamos que é mero equívoco de digitação, porém considerado a disposição das teclas a de se convir que muitos destes ocorrem por pressa ou simplesmente porque quem escreve não se dá ao trabalho de consultar fontes disponíveis, fato este que não deixa de caracterizar descaso com o leitor.

O amigo para essas horas
Não se pode achar que o fato de esquecer como se escreve algo é fadar ao fracasso. Caso isso aconteça que se tenha a “humildade” de tomar em mãos aquele que é o grande aliado – o dicionário.
O que pode ajudar
Algumas atividades relacionadas a palavras podem ser grandes aliadas para que a ocorrência de esquecimentos diminua. Além do hábito da leitura, a atividade de completar cruzadinhas, ou a brincadeira de forca podem reforçar o aprendizado das palavras e manter o cérebro “antenado” para aquilo que aprendeu. Sem contar os benefícios que trazem para a memória.
Por que acontecem os equívocos?
Na Língua Portuguesa existem palavras que dão nó em qualquer cabeça. Os parônimos e os homófonos são os que mais induzem as pessoas ao erro, pois quando os utilizamos temos que prestar muita atenção à semântica, ou seja, verificar o significado dos vocábulos dentro de cada contexto.
Ampliando o conhecimento
Parônimos são palavras com escrita e pronúncia parecidas, mas com significado diferente.
Amoral – nem contrário e nem conforme a moral
Imoral – contrário à moral
Arrear – pôr arreios
Arriar – colocar no chão
Comprimento – extensão, grandeza e tamanho
Cumprimento – saudação
Discriminar- distinguir, rejeitar, segregar
Descriminar – inocentar
Emergir – mostra-se
Imergir – mergulhar
 Homófonos – grafia diferente e mesmo som.
- A cela do presídio está lotada.
- A sela do cavalo está velha.
Acender – colocar fogo
Ascender – subir
Aço – metal
Asso – verbo assar conjugado
Censo – recenseamento
Senso – julgar
Cessão – ceder
Seção – divisão
Sessão – reunião
Coser – costurar
Cozer – cozinhar
Sexta – dia da semana (sexta-feira)
Cesta – receptáculo
Sesta – descanso
Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/paronimos-e-homonimos/
 
Na língua falada
De acordo com a edição 92 da revista Língua Portuguesa o fenômeno de deslocamento da letra “R”, que acontecia no latim ou no português medieval, está longe de ser algo que só ocorreu naquela época.
Em nosso cotidiano palavras como “cardaço”, “cardeneta” e “discursão” e outras formas pouco aceitas pela norma culta, quando pronunciadas, provocam atitudes inusitadas, como caras feias e constrangimento de quem as fala.
É na ocorrência constante e diversificada de fenômenos linguísticos que a língua se mostra a cada dia mais viva e dinâmica. 

A língua sem ofensas
Quando houver necessidade de corrigir, que se faça de maneira suave para que aquele ao qual ensinamos não se sinta constrangido e ele próprio seja capaz de corrigir-se no próximo “deslize”. Se alguém falou ou escreveu “truxe” em vez de “trouxe” que saibamos usar um discurso tranquilo com o objetivo de fazê-lo perceber que em determinados lugares e contextos a única forma aceita é a segunda, e que dependendo da situação esse “detalhe” fará toda a diferença.

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